PSIQUIATRIZAÇÃO DO CORPO DA MULHER:

RESISTÊNCIA ANTIMANICOMIAL E FEMINISTA NA ATUALIDADE BRASILEIRA

Resumen

Os processos de psiquiatrização da mulher denunciam a persistente normatização do corpo feminino na atualidade. A presente pesquisa tem o objetivo de compreender o processo de psiquiatrização do corpo feminino, com especial atenção às vivências de mulheres que são atendidas em um Centro de Atenção Psicossocial do Paraná-Brasil. Para tanto, a pesquisa foi dividida em três momentos: observações participantes em oficinas terapêuticas direcionadas às mulheres-usuárias; entrevistas com duas usuárias do serviço de saúde; entrevista com três profissionais da equipe interdisciplinar. Para análise, foram desenvolvidas narrativas, as quais expuseram as vivências das mulheres e, por meio de categorias temáticas, abarcaram-se os relatos dos profissionais. As análises mostraram situações de violências estruturais e sexismo, além de retrocessos e avanços antimanicomiais no cotidiano do dispositivo de saúde mental. Concluiu-se que a psiquiatrização do feminino pode ser superada através do rompimento com o paradigma manicomial e da substituição de uma atuação fragmentada e patriarcal por um cuidado psicossocial e feminista.

Biografía del autor/a

Daniele Ferrazza, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Professora do Programa de Pós-Graduação e da Graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá-Paraná, Brasil.

Desirée Marata Gesualdi, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Graduanda do curso de Psicologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá-Paraná, Brasil.

Publicado
2021-12-23
Cómo citar
Ferrazza, D., & Marata Gesualdi, D. (2021). PSIQUIATRIZAÇÃO DO CORPO DA MULHER: : RESISTÊNCIA ANTIMANICOMIAL E FEMINISTA NA ATUALIDADE BRASILEIRA. Perspectivas En Psicología, 18(2), 58-68. Recuperado a partir de http://perspectivas.mdp.edu.ar/revista/index.php/pep/article/view/549