Acontecência Humana: Reflexões sobre o Modo de Ser-para-início

  • Priscilla Andrea Glaser Faculdade Anhanguera Educacional
  • Marcelo Sodelli Pontifícia Universidade Católica

Resumen

O diálogo entre a Psicologia e a Fenomenologia vem se constituindo como contraponto ao pensamento positivista, nos despertando para o exercício da reflexão meditativa. Na Psicologia, este diálogo praticamente restringe-se ao existir humano adulto. Partindo do ser-aí (adulto) e suas condições ontológicas fundamentais balizadas por Heidegger, o presente artigo desenvolve novas possibilidades compreensivas do ser bebê. O ser-bebê é compreendido como acontecente e, que, já no seu primeiro respirar tem que assumir a tarefa ontológica de cuidar do seu existir. Cuidando do existir, o bebê pode vir-a-ser um existente para si mesmo. Nesta trama existencial a relação ser-com-os-outros é fundamental; todo ser humano precisa necessariamente acontecer junto aos outros seres humanos, pois só assim poderá se tornar um humanitas.

 

Palavras-chave: Acontecência humana – Bebê – Fenomenologia - Ser-para-início- Temporalidade.

 

Citas

Casanova, M. A. (2009). Compreender Heidegger. Rio de Janeiro: Editora Vozes.

Casanova, M. A.(2013). Heidegger e o escuro do existir: esboços para uma interpretação dos transtornos existenciais. In P. E. Evangelista (Org), Psicologia fenomenológico-existencial. Possibilidade da atitude clínica fenomenológica (25-43). Rio de Janeiro: Via Veritas.

Critelli, D. M. (2007). Analítica do Sentido: uma aproximação e interpretação do real de orientação fenomenológica. São Paulo: EDUC Brasiliense.

Cytrynowicz, M. B. (2005). O tempo na criança e a Daseinsanalyse. Revista da Associação Brasileira de Daseinsanalyse, 4, 64-79.

Dias, E. O. (2003). A teoria do amadurecimento de D. W. Winnicott. Rio de Janeiro: Editora Imago.

Heidegger, M. (2007). Ser e o Tempo. (2ª Ed.) Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: EDUSF.

Heidegger, M. (2009a). Introdução à Filosofia. (2ª Ed.) São Paulo: Martins Fontes.

Heidegger, M.(2009b). Seminário de Zollikon. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: EDUSF.

Hölderlin, F. (2012). .Hipérion ou o eremita na Grécia. Rio de Janeiro: Forense.

Loparic, Z. (2000). O "animal humano". Natureza Humana, 2(2), 351-357.

Loparic, Z. (2008). Origem em Heidegger e Winnicott. Aprender – Caderno de Filosofia e Psicologia da Educação, 11(6), 15-44.

Michelazzo, J. C. (1999). Do um como princípio ao dois como unidade: Heidegger e a construção ontológica do real. São Paulo: FAPESP: Annablume.

Nunes, B. (2002). Heidegger e ser e tempo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

Pompéia, J. A. & Sapienza, B.T. (2011). Os dois nascimentos do homem: escritos sobre educação e terapia na era da técnica. Rio de Janeiro: Via Veritas.

Reis, R. R. (2004). O outro fim para o Dasein: o conceito de nascimento na ontologia existencial. Natureza Humana, 6(1), 53-77.

Santos, E. S. (2006). D. W. Winnicott e Heidegger: a teoria do amadurecimento pessoal e a acontecência humana. Tese de doutorado, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil.

Sapienza, B.T. (2007). Do desabrigo à confiança: daseinsanalyse e terapia. São Paulo: Escuta.

Sodelli, M. (2006). Aproximando sentidos: formação de professores, educação, drogas e ações redutoras de vulnerabilidade. Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Woolf, V. (1972). Orlando. São Paulo: Abril Cultural.

Publicado
2016-12-13
Cómo citar
Glaser, P. A., & Sodelli, M. (2016). Acontecência Humana: Reflexões sobre o Modo de Ser-para-início. Perspectivas En Psicología, 13(2), 67-74. Recuperado a partir de http://perspectivas.mdp.edu.ar/revista/index.php/pep/article/view/9.
Sección
Artículos